Sábado da 23ª Semana do Tempo Comum
1ª Leitura – 1Tm 1,15-17
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
Leitura da Primeira Carta de São Paulo a Timóteo 1,15-17
Caríssimo:
15 Segura e digna de ser acolhida por todos é esta palavra:
Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores.
E eu sou o primeiro deles!
16 Por isso encontrei misericórdia,
para que em mim, como primeiro,
Cristo Jesus demonstrasse toda a grandeza de seu coração;
ele fez de mim um modelo de todos os que crerem nele
para alcançar a vida eterna.
17 Ao Rei dos séculos,
ao único Deus, imortal e invisível,
honra e glória pelos séculos dos séculos. Amém!
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 112 (113),1-2. 3-4. 5a.6-7 (R. 2)
R. Bendito seja o nome do Senhor, agora e para sempre!
1 Louvai, louvai, ó servos do Senhor, *
louvai, louvai o nome do Senhor!
2 Bendito seja o nome do Senhor, *
agora e por toda a eternidade! R.
3 Do nascer do sol até o seu ocaso, *
louvado seja o nome do Senhor!
4 O Senhor está acima das nações, *
sua glória vai além dos altos céus. R.
5a Quem pode comparar-se ao nosso Deus, +
6 que se inclina para olhar o céu e a terra?
7 Levanta da poeira o indigente *
e do lixo ele retira o pobrezinho. R.
Evangelho – Lc 6,43-49
Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’,
mas não fazeis o que eu digo?
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,43-49
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos:
43 Não existe árvore boa que dê frutos ruins,
nem árvore ruim que dê frutos bons.
44 Toda árvore é reconhecida pelos seus frutos.
Não se colhem figos de espinheiros,
nem uvas de plantas espinhosas.
45 O homem bom tira coisas boas
do bom tesouro do seu coração.
Mas o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro,
pois sua boca fala do que o coração está cheio.
46 Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’,
mas não fazeis o que eu digo?
47 Vou mostrar-vos com quem se parece
todo aquele que vem a mim, ouve as minhas palavras
e as põe em prática.
48 É semelhante a um homem que construiu uma casa:
cavou fundo e colocou o alicerce sobre a rocha.
Veio a enchente, a torrente deu contra a casa,
mas não conseguiu derrubá-la, porque estava bem construída.
49 Aquele, porém, que ouve e não põe em prática,
é semelhante a um homem que construiu uma casa no chão,
sem alicerce.
A torrente deu contra a casa,
e ela imediatamente desabou;
e foi grande a ruína dessa casa.’
Palavra da Salvação.
Reflexão – Lc 6, 43-49
Hoje, celebramos a memória de dois mártires muito importantes da Igreja do séc. III, Santos Cornélio e Cipriano, Papa e bispo. Embora tenham sofrido o martírio em lugares e anos diferentes, são celebrados numa mesma festividade porque trabalharam juntos pela unidade da Igreja, questão pela qual Jesus Cristo tinha intercedido: «Pai santo, guarda-os em teu nome, que me encarregaste de fazer conhecer, a fim de que sejam um como nós» (Jo 17,11).
Cornélio foi ordenado bispo de Roma no ano 251, depois de um tempo de forte perseguição dos cristãos. Destacava-se pela sua humildade, prudência e bondade. O seu pontificado ficou marcado, sobretudo, pela solução do problema dos “lapsi” (os que tinham negado a fé durante as perseguições): perante o rigorismo do cismático Novaciano, a Igreja propôs a misericórdia que acolhe o pecador. Contudo, este pontificado durou pouco: no segundo ano, Cornélio foi aprisionado pelo Imperador e desterrado para Civitavecchia, onde morreu no ano seguinte. O seu corpo foi levado para Roma e sepultado nas catacumbas de S. Calisto.
Cipriano nasceu em Cartago por volta do ano 200, de família pagã. Movido pelo exemplo e pelas palavras de verdade de um santo sacerdote chamado Cecílio, converteu-se a Cristo, batizou-se e empregou todos os seus bens a socorrer os pobres. Pouco tempo depois, foi ordenado presbítero e, no ano 248, foi escolhido para bispo da sua cidade. Em tempos muito difíceis governou a sua Igreja africana com sabedoria e trabalhou muito pela unidade da Igreja. As “Atas do seu martírio” conservam o processo judicial admiravelmente documentado, com a sua confissão pacífica e corajosa, bem como o seu martírio, perdoando e dando ao verdugo que o decapitava umas 25 moedas de ouro…
Pedimos a Deus Nosso Senhor, que pôs à frente da Igreja S. Cornélio e S. Cipriano, como pastores dedicados e mártires corajosos, que, por sua intercessão, nos conceda ser fortalecidos na fé e na constância, e trabalhar sem desfalecer pela unidade da Igreja.
Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE
Fonte: CNBB