Estilo de Vida

Conselhos de Santa Teresinha para você aprender a lidar com pessoas antipáticas

Aleteia › 20/10/2017

Ela também não foi uma pessoa fácil, mas aprendeu a dominar a arte da empatia

Santa Teresa de Lisieux era conhecida como uma mulher tranquila e modesta. E com ela aprendemos que não dá para apelidar de “pequena flor” alguém que propaga insultos no Twitter ou que publica críticas contras os outros.

Santa Teresinha desenvolveu a habilidade de lidar com gente desagradável com tanta doçura que essas pessoas antipáticas pensavam, erroneamente, que ela tinha um carinho especial por elas.

Todos temos pessoas chatas a nossa volta, não é mesmo? Às vezes não nos damos bem com elas, já que elas dão a impressão de que só existem para nos aborrecer.

Essas pessoas que nos fazem bufar estão sempre na mesma festa em que estamos. Assim, tentamos evitar qualquer contato visual quando cruzamos com elas e logo pegamos o telefone para fingir que estamos checando mensagens importantíssimas. Vai dizer que você nunca fez isso?

Porém, não conseguimos escapar completamente delas, porque, como mostra a experiência de Santa Teresa, elas estão por todas as partes, inclusive nos conventos. Santa Teresa dominou rapidamente a arte de tratar com pessoas difíceis e aprendeu a mostrar empatia por elas. Talvez porque a própria Teresinha tenha sido uma pessoa difícil em sua juventude.

Ao contrário do que muitos pensam, Santa Teresa de Lisieux nasceu com um temperamento violento. De acordo com a mãe dela, a menina fazia birras terríveis quando as coisas não saíam do jeito dela e se jogava no chão como uma desesperada, pensando que tudo estava perdido. “Havia momentos em que a birra era mais forte e ela perdia a respiração”, dizia a mãe.

Santa Teresa também diz em sua biografia que, se não tivesse tido pais tão bons, que a ajudaram a remediar esse defeito de caráter, ela poderia – facilmente – “ter saído muito má”.

Quando entrou para a vida religiosa, ela escreveu: “tudo neste convento me agradou”. Mas, rapidamente aprendeu que precisava melhorar seu comportamento antipático e que o mesmo acontecia com as mulheres com quem convivia.

Ela, inclusive, teve problemas com uma de suas superioras, que era severa com ela. “Não podia cruzar com ela sem ter que beijar o chão”, conta Teresa, que afirma que o simples fato de fazer a limpeza do chão se transformava em motivo para ser humilhada. “Recordo que, certa vez, havia deixado uma teia de aranha no claustro e ela me disse diante da comunidade: ‘Pensei que o claustro tivesse sido varrido por uma menina de 15 anos’”.

Essa humilhação foi só uma de uma série de acusações de preguiça. A superiora frequentemente reclamava: “Esta menina não faz absolutamente nada”. Entretanto, Teresa teve que aprender a conviver com a superiora, pois, para o bem ou para o mal, elas passaram a maior parte do tempo juntas. Mas a situação só piorava e, com o tempo, Teresa percebeu que tinha que aprender a lidar com pessoas antipáticas. E deixou conselhos para quem também tem que enfrentar este tipo de desafio.

Busque seu valor autêntico

As pessoas antipáticas são incansavelmente negativas. Elas encontram sempre algo de que não gostam e, certo ou não, concentram-se sempre nisso.  A madre superiora, por exemplo, havia decretado que Teresa era preguiçosa e lembrava disso a toda hora. Teresa resolveu esse problema, deixando de dar importância ao que sua detratora pensava e buscando seu verdadeiro valor interior.

Ela decidiu fazer seu trabalho silenciosamente e sem chamar a atenção, visando satisfazer sua própria estima e honrar a Deus. Na realidade, ela sempre dava o crédito de seu trabalho a outras pessoas, poi sabia que isso as deixaria alegres. Quando ela parou de se preocupar com o fato da superiora apreciar ou não o seu trabalho, ela conseguiu se liberar da negatividade.

Não desperdice energias em vão

Com isso, Teresa não quer dizer que devemos ser indolentes, mas que quando nos acusam ou nos julgam erroneamente, não devemos entrar nessa guerra. Quando a superiora a acusava de preguiçosa, Teresa podia ter contestado e começado uma disputa verbal. Mas sabia que não adiantar nada.

Por exemplo, conta a história que apareceu um vaso quebrado no convento e que a madre acusou Teresa de não ter recolhido os pedaços. Ela entendeu que não importava quem havia quebrado o vaso e que não valia a pena o esforço para provar sua inocência. Assim, como ninguém assumiu a culpa, Teresa recolheu os cacos. Com o tempo, as ações dizem mais do que as palavras.

Aperfeiçoe sua capacidade de amar

É fácil amar sua família e seus amigos, mas é difícil amar uma pessoa que parece não ter capacidade de redenção. Teresa fala de uma freira de quem sentia aversão natural, e de como entendeu que o amor é uma atitude, não um sentimento, já que essa freira a ensinou a amar melhor.

“Eu tratava de prestar-lhe todos os serviços que eu podia. Quando sentia a tentação de contestá-la de maneira desagradável, limitava-me a me dirigir a ela da maneira mais encantadora possível: com meu sorriso”, disse Teresa. Depois de certo tempo, ela confessou que seus sentimentos começaram a mudar de verdade.

Definitivamente, uma pessoa difícil só pode nos prejudicar se nós permitirmos. Como Teresa demonstrou, sempre há uma alternativa. Talvez seja difícil ou até pareça impossível. Mas esse exemplo nos revela que até a pessoa mais antipática do mundo pode transformar-se em santa.

Por Aleteia

Comentários

*O Católico Digital não se responsabiliza pelos comentários postados nas plataformas digitais. Qualquer comentário considerado ofensivo ou que falte com respeito a outras pessoas poderá ser retirado do ar sem prévio aviso.

Newsletter

Cadastre-se e receba as últimas notícias do Católico Digital diretamente em seu e-mail!