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Complementaridade é a chave para compreender o relacionamento entre o homem e a mulher e vencer as dificuldades na vida a dois
Pensar em complementaridade entre o homem e a mulher é um tema que desafia a sociedade atual, onde a “guerra dos sexos” parece promover uma luta constante pela superação de quaisquer diferenças entre eles.
Entretanto, a complementaridade “está no vértice da criação divina”, como disse o Papa Francisco em uma Catequese dedicada ao sacramento do matrimônio. Na ocasião, ele explicou que nem só o homem nem só a mulher são imagem de Deus, mas ambos como casal, são imagem do Criador.
“Os dois juntos é que são o humano completo”, afirma o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, Dom João Bosco Barbosa de Sousa. O bispo explica que naquele momento em que Deus cria o homem e o coloca diante da natureza para que ele seja o senhor da criação e escolha aquela que será sua companhia, Adão não encontra. E depois de um sono profundo, Deus lhe dá de presente, tirado de sua própria carne a mulher. E ele se identifica com ela.
São João Paulo II, nas catequeses da Teologia do Corpo, explica que neste momento, em que o homem está em sua “solidão original”, ele adquire uma consciência pessoal no processo de “distinção” de todos os seres vivos e, ao mesmo tempo, abre-se para um ser “afim a ele”, que o livro do Gênesis define como “auxiliar que lhe é semelhante”.
“A comunhão das pessoas podia formar-se somente com base em uma ‘dupla solidão’ do homem e da mulher, ou seja, como encontro entre a ‘distinção’ deles e o mundo dos seres vivos (animalia), que dava a ambos a possibilidade de serem e existirem numa reciprocidade especial”, explica João Paulo II na nona catequese sobre Teologia do Corpo.
O casal membro do Apostolado Teologia do Corpo Brasil, Viviane e Marcelo Pastre, destaca que a complementaridade entre homem e mulher, ou seja, essa comunhão de pessoas, se dá exatamente na doação de si mesmo ao outro.
“O que gera a comunhão de pessoas é o amor que se doa ao outro. Deus é amor, e o amor, segundo João Paulo II, é essa doação. Esse movimento que sai do homem e vai em direção à mulher e vice-versa. É fundamental entender que o ‘ser para o outro’ é o que dá sentido ao nosso ser à nossa vida”, destaca Marcelo.
Completos e iguais em dignidade
Falar de complementaridade sugestiona que um completa o que falta no outro, mas quando o assunto diz respeito a homem e mulher é diferente, pois Deus criou ambos completos e em perfeita igualdade como pessoas humanas “à imagem de Deus”.
“O homem e a mulher são feitos ‘um para o outro’: não que Deus os tivesse feito apenas ‘pela metade’ e ‘incompletos’; criou-os para uma comunhão de pessoas, na qual cada um dos dois pode ser ‘ajuda’ para o outro, por serem ao mesmo tempo iguais enquanto pessoas (‘osso de meus ossos…’ (cf. Gn 2,23)) e complementares enquanto masculino e feminino”, explica o Catecismo da Igreja Católica (CIC 372).
A Teologia do Corpo explica que, por serem completos, o homem e a mulher são capazes de, individualmente, atingir um sentido existencial em suas vidas. No entanto, justamente por serem criados completos, eles percebem em si a capacidade de doar a si mesmos por amor, e nisso se complementam.
Desafios
Comprovadamente, homem e mulher são distintos, seja física ou psicologicamente. E ao compreender o profundo significado da complementaridade, a união criada entre o homem e a mulher deveria ser vivida de uma forma sadia. Entretanto, a marca do pecado original é geradora de conflitos, destaca Viviane.
O Catecismo afirma que “todo o homem faz a experiência do mal, à sua volta e em si mesmo. Esta experiência faz-se também sentir nas relações entre o homem e a mulher. Desde sempre, a união de ambos foi ameaçada pela discórdia, o espírito de domínio, a infidelidade, o ciúme e conflitos capazes de ir até ao ódio e à ruptura” (CIC 1606).
Viviane destaca que há uma “guerra” entre o homem e a mulher. “As pessoas não querem se complementar, preferem viver isoladas, de uma forma egoísta, pensando só em si, buscando prazer mais para si”.
Dom João explica que as diferenças entre os sexos tem uma base antropológica, biológica e um construto social. Ele faz um alerta que situações que podem causar sofrimentos e injustiças devem ser combatidas.
“É preciso ter clareza para estudar cada um dos papéis e ver em que pontos há uma dificuldade, uma subalternidade em relação à mulher, que causa desequilíbrios e sofrimentos, as diversas formas de discriminação que existem na sociedade, tudo isso tem que ser absolumente combatido e a igreja sempre foi contra qualquer tipo de injustiça”, enfatiza.
De toda forma, ele ressalta que a solução para sanar essas dificuldades não é igualar as diferenças. “Não é igualando e anulando a base antropológica e biológica que vamos chegar a uma igualdade e felicidade completa no relacionamento. Pelo contrário, aí acaba totalmente a possibilidade dessa diferença tão importante para o relacionamento”.
Segundo Dom João, com a mudança cultural que o mundo experimenta, o ser humano tem se fechado muito em atitudes egoístas e narcisistas, que impedem ou afetam os relacionamentos e o antídoto desta dificuldade é viver em comunidade.
“Seja a comunidade da Igreja ou familiar. A visão de que o todo é mais importante que o um, que os outros são mais importantes para mim do que eu sozinho. A comunidade ainda é a fonte de maior equilíbrio da nossa vida, dos relacionamentos e da família”, afirma o bispo.
Vivendo a complementaridade entre homem e mulher
Sem as diferenças entre o homem e a mulher não seria possível a complementaridade, porém, mais do que isso, a Teologia do Corpo se concentra no essencial: entender que o amor é a doação recíproca entre homem e mulher.
“Nós casais precisamos nos esforçar em ser para o outro, ressignificar o relacionamento. Se doar não significa ser inferior, é o contrário, é buscar a plenificação, fazer aquilo que fomos criados para ser, nossa finalidade é amar, e amar é se doar ao outro”, destaca Marcelo.
Ele lembra que este foi o único mandamento deixado por Jesus: “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei” (Jo 15,12), e ao esquecerem disso, muitos acabam perdendo o sentido da própria vida.
“As famílias cristãs precisam dar o testemunho do amor, da doação, do cuidado. Fazendo isso, mesmo sem falar nada, serão ‘profetas’, porque as pessoas verão a forma como eles convivem, o carinho entre eles, a conduta com os filhos”, exemplifica Marcelo.
Viviane destaca que aí está a chave para a família prosperar. “A gente não precisa de tanto, não precisa de uma casa luxuosa, de um carro do ano, mas precisa amar as pessoas porque aí conseguimos superar juntos as dificuldades que a gente enfrenta”.
Por Canção Nova
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