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Jesus, em diversas passagens do Diário de Santa Faustina, fala-nos do sacramento da confissão como uma experiência da Misericórdia de Deus. São suas estas palavras: “Diz às almas onde devem procurar consolos, isto é, no tribunal da misericórdia onde continuo a realizar os meus maiores prodígios que se renovam sem cessar. Para obtê-los, não é necessário empreender longas peregrinações nem realizar exteriormente grandes cerimônias, mas basta se aproximar com fé dos pés do meu representante e confessar-lhe a própria miséria.
O milagre da misericórdia de Deus se manifestará em toda a plenitude. Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver, e ainda que, humanamente, já não haja possibilidade de restauração, e tudo já esteja perdido, Deus não vê as coisas dessa maneira. O milagre da misericórdia de Deus fará ressurgir aquela alma para uma vida plena” (D. 1448).
A miséria da alma encontra a misericórdia de Deus
Jesus nos diz que a confissão é o sacramento do consolo e da ressurreição, pois faz a alma renascer para a vida da graça, e ainda nos diz que não existem pecados que não possam ser perdoados pela Misericórdia de Deus. Para aqueles que não se confessam com o sacerdote, dizendo que se confessam diretamente com Deus, pois o padre é apenas um homem como outro qualquer, basta ler em João 20,23-25: “Jesus, encontrando-se no meio dos apóstolos, disse-lhes: ‘Recebei o Espírito Santo. Os pecados que vocês perdoarem serão perdoados, os pecados que vocês não perdoarem, não serão perdoados’”. (citação livre).
Não existe confissão direta com Deus. Jesus, mesmo no Diário, responde: Quando te aproximas da santa confissão, deves saber que sou eu mesmo quem espera por ti no confessionário, oculto-me apenas na pessoa do sacerdote, mas eu mesmo atuo na alma. Aí, a miséria da alma se encontra com o Deus de misericórdia.
Dessa fonte de misericórdia, as graças são colhidas apenas com o vaso da confiança. Se a confiança delas for grande, a minha generosidade não terá limites. As torrentes da minha graça inundam as almas humildes. Os orgulhosos sempre estão na pobreza e miséria, quando a minha graça se afasta deles para as almas humildes. (D. 1602)
Então Jesus diz: Sou eu mesmo quem espera por ti no confessionário, apenas escondo-me na pessoa do sacerdote. É Jesus quem confessa, é Jesus quem ouve o penitente, é Jesus escondido na pessoa do sacerdote que absolve os pecados. Enfim, nós sabemos que para aproveitarmos bem das graças do sacramento da confissão, precisamos nos aproximar do Cristo com um coração perfeitamente contrito.
Três oportunidades para tirar proveito da confissão
Santa Faustina, no número 133 do Diário, quer recomendar três coisas à alma que deseja buscar a santidade e tirar proveito da confissão.
Em primeiro lugar, total sinceridade e franqueza. O mais santo e sábio confessor não consegue derramar à força na alma aquilo que deseja se a alma não for sincera.
Segundo: humildade. A alma não tira o devido proveito da confissão se não é humilde. O orgulho mantém a alma nas trevas.
Terceiro: obediência. A alma desobediente não obterá nenhuma vitória, ainda que o próprio nosso Senhor a ouvisse diretamente em confissão. Deus cumula generosamente a alma, mas somente se ela for obediente.
Por Padre Antônio Aguiar, via Canção Nova
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