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Para viver bem a relação, esteja atento à sensibilidade do outro
Canção Nova › 05/06/2018
É preciso existir clareza dentro de uma relação
A atração que uma pessoa pode sentir por outra é uma experiência, por vezes, maravilhosa e embriagante. Descobrimos, ao mesmo tempo, a ternura, a emoção do coração e do corpo quando vemos o outro, quando temos contato com ele. Esse prazer experimentado pela proximidade de alguém dá-nos o desejo de vivê-lo ainda mais intensamente, ir mais longe na relação. Ora, dar-se as mãos, beijar-se, tocar-se já é bastante. Todos esses gestos de ternura e amor nos comprometem um com o outro, e nenhum deles é inofensivo, quaisquer que sejam os sentimentos que se vivam.
Ternura ou desejo pelo outro?
Eis porque é importante dar tempo para se perguntar se os gestos que fazemos têm o mesmo significado para cada um de nós dois. É por amor, por simples prazer, por necessidade de ternura? Essas atitudes não nos comprometem mais do que aquilo que pensamos? Se vivemos todos os gestos do amor e nos damos um ao outro, será que ainda podemos discernir, verdadeiramente e com clareza, quais são os nossos sentimentos?
Para viver da melhor forma essa relação de ternura, diferente da que é vivida no casamento – pois o dom total do corpo se fará num compromisso definitivo –, estejamos atentos às reações e à sensibilidade do outro. É o momento de aprender o domínio de si mesmo. Podemos ser tentados, sobretudo se já nos conhecemos há muito tempo, a ter gestos mais íntimos. Perguntemo-nos, então, se o que nos guia é exprimir a nossa ternura ou o desejo pelo outro.
Se estamos, verdadeiramente, atraídos um pelo outro, não será o momento de nos colocarmos a questão do casamento? Quantos casamentos que acabaram mal, não teriam sequer acontecido se o homem e a mulher tivessem tido tempo para se conhecerem um ao outro em toda a liberdade!
Numa sociedade em que os slongans publicitários repetem, sem cessar, as palavras “instantâneo e imediatamente”, e em que queremos ter “tudo e já”, vejam bem que é preciso tempo para edificar a relação interpessoal de marido e mulher, e que o teste do amor é o compromisso duradouro.
(João Paulo II)
Por Canção Nova
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