Liturgia diária › 12/12/2017

Nossa Senhora de Guadalupe . Festa

1ª Leitura – Gl 4,4-7

Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher.

Leitura da Carta de São Paulo aos Gálatas 4,4-7

Irmãos:
4 Quando se completou o tempo previsto,
Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher,
nascido sujeito à Lei,
5 a fim de resgatar os que eram sujeitos à Lei
e para que todos recebêssemos a filiação adotiva.
6 E porque sois filhos,
Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu
Filho, que clama: Abá – ó Pai!
7 Assim já não és mais escravo, mas filho;
e se és filho, és também herdeiro:
tudo isso, por graça de Deus.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 95(96),1-2a.2b-3.10 (R. 3a)

R. Manifestai a sua glória entre as nações.

1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo, +
cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! *
2a Cantai e bendizei seu santo nome! R.

2b Dia após dia anunciai sua salvação, +
3 manifestai a sua glória entre as nações, *
e entre os povos do universo seus prodígios! R.

10 Publicai entre as nações: “Reina o Senhor! +
Ele firmou o universo inabalável, *
e os povos ele julga com justiça. R.

Evangelho – Lc 1,39-47

“Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!”

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-47

39 Naqueles dias,
Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia.
40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.
41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança pulou no seu ventre
e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 Com um grande grito, exclamou:
“Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!”
43 Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criança pulou de alegria no meu ventre.
45 Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu”.
46 Então Maria disse:
“A minha alma engrandece o Senhor,
47 e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador”.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Lc 1,39-47

Hoje, Jesus nos lança um desafio: «”O que você acha”? (Mt 18,12); que tipo de misericórdia você pratica? Talvez nós, “católicos praticantes”, tendo muitas vezes gostado da misericórdia de Deus em seus sacramentos, estamos tentados a pensar que já estamos justificados diante dos olhos de Deus. Corremos o perigo de converter-nos inconscientemente no fariseu que menospreza ao publicano (cf. Lc 18,9-14). Mesmo que não o digamos em voz alta, talvez pensamos que estamos livres de culpa ante Deus. Alguns sintomas de que este orgulho farisaico cria raízes em nós podem ser a impaciência ante os defeitos dos demais, ou pensar que as advertências nunca vão para nós.

O “desobediente” profeta Jonas, um judeu, se manteve inflexível quando Deus mostrou pena pelos habitantes de Nínive. Javé rejeitou a intolerância de Jonas (cf. Jon 4,10-11). Aquela olhada humana punha limites à misericórdia. Por acaso também nós pomos limites à misericórdia de Deus? Devemos prestar atenção à lição de Jesus: «Seja misericordiosos como vosso Pai é misericordioso» (Lc 6,36). Com toda probabilidade, ainda nos falta um longo caminho por percorrer para imitar a misericórdia de Deus!

Como deveríamos entender a misericórdia de nosso Pai celestial? O Papa Francisco disse que «Deus não perdoa mediante um decreto, e sim com um abraço». O abraço de Deus para com cada um de nós se chama “Jesus Cristo”. Cristo manifesta a misericórdia paternal de Deus. No capítulo quarto do Evangelho de São João, Cristo não ventila os pecados da mulher samaritana. Em lugar de disso, a divina misericórdia cura à Samaritana ajudando-a a afrontar plenamente a realidade de seu pecado. A misericórdia de Deus é totalmente coerente com a verdade. A misericórdia não é uma desculpa para rebaixar-se moralmente. No entanto, Jesus devia ter provocado seu arrependimento com muito mais ternura do que a mulher sentiu mulher adúltera “ferida pelo amor” (cf. Jn 8,3-11). Nós também devemos aprender como ajudar aos demais a encarar seus erros sem envergonhá-los, com grande respeito para com eles como irmãos em Cristo, e com ternura. No nosso caso, também com humildade, sabendo que nós mesmos somos “vasilhas de barro”.

Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE

Fonte: CNBB