6ª feira da 31ª Semana do Tempo Comum
S. Leão Magno PpDr, memória
1ª Leitura – Rm 15,14-21
Fui feito ministro de Jesus Cristo entre os pagãos
para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite.
Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos 15,14-21 14
Meus irmãos,
de minha parte, estou convencido, a vosso respeito,
que vós tendes bastante bondade e ciência,
de tal maneira que podeis admoestar-vos uns aos outros.
15 No entanto, em algumas passagens,
eu vos escrevo com certa ousadia,
como para reavivar a vossa memória,
em razão da graça que Deus me deu.
16 Por esta graça eu fui feito ministro
de Jesus Cristo entre os pagãos
e consagrado servidor do Evangelho de Deus,
para que os pagãos se tornem uma oferenda bem aceite
santificada no Espírito Santo.
17 Tenho, pois, esta glória em Jesus Cristo
no que se refere ao serviço de Deus:
18 Não ouso falar
senão daquilo que Cristo realizou
por meu intermédio,
para trazer os pagãos à obediência da fé,
pela palavra e pela ação,
19 por sinais e prodígios,
no poder do Espírito de Deus.
Assim, eu preguei o Evangelho de Cristo,
desde Jerusalém e arredores até à Ilíria,
20 tendo o cuidado de pregar somente
onde Cristo ainda não fora anunciado,
para não acontecer eu construir sobre alicerce alheio.
21 Agindo desta maneira,
eu estou de acordo com o que está escrito:
‘Aqueles aos quais ele nunca fora anunciado, verão;
aqueles que não tinham ouvido falar dele, compreenderóo’.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 97 (98),1. 2-3ab. 3cd-4 (R.Cf. 2b)
R. O Senhor fez conhecer seu poder salvador
perante as nações.
1 Cantai ao Senhor Deus um canto novo,*
porque ele fez prodígios!
Sua mão e o seu braço forte e santo*
alcançaram-lhe a vitória. R.
2 O Senhor fez conhecer a salvação,*
e às nações, sua justiça;
3a recordou o seu amor sempre fiel*
3b pela casa de Israel. R.
3c Os confins do universo contemplaram*
3d a salvação do nosso Deus.
4 Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,*
alegrai-vos e exultai! R.
Evangelho – Lc 16,1-8
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 16,1-8
Naquele tempo:
1 Jesus disse aos discípulos:
‘Um homem rico tinha um administrador
que foi acusado de esbanjar os seus bens.
2 Ele o chamou e lhe disse:
‘Que é isto que ouço a teu respeito?
Presta contas da tua administração,
pois já não podes mais administrar meus bens’.
3 O administrador então começou a refletir:
‘O senhor vai me tirar a administração.
Que vou fazer?
Para cavar, não tenho forças; de mendigar, tenho vergonha.
4 Ah! Já sei o que fazer,
para que alguém me receba em sua casa
quando eu for afastado da administração’.
5 Então ele chamou cada um
dos que estavam devendo ao seu patrão.
E perguntou ao primeiro:
‘Quanto deves ao meu patrão?’
6 Ele respondeu: ‘Cem barris de óleo!’
O administrador disse:
‘Pega a tua conta, senta-te, depressa, e escreve cinqüenta!’
7 Depois ele perguntou a outro:
‘E tu, quanto deves?’
Ele respondeu: ‘Cem medidas de trigo’.
O administrador disse:
‘Pega tua conta e escreve oitenta’.
8 E o senhor elogiou o administrador desonesto,
porque ele agiu com esperteza.
Com efeito, os filhos deste mundo
são mais espertos em seus negócios
do que os filhos da luz.
Palavra da Salvação.
Reflexão – Lc 16, 1-8
Hoje celebramos a santidade «de um dos maiores papas que honraram a sé de Roma (…). O seu pontificado (séc. V) durou mais de 21 anos e foi sem dúvida um dos mais importantes na história da Igreja» (Bento XVI). Além de diversas iniciativas pela paz – protegendo Roma da devastação dos bárbaros -, o Papa S. Leão destacou-se porque a sua voz se fez ouvir no concílio de Calcedônia (ano 451) defendendo a dupla natureza – humana e divina – de Cristo. Os padres conciliares aclamaram dizendo: «Pedro falou pela boca de Leão».
O Evangelho de hoje é eloquente. A pergunta de Jesus Cristo sobre a sua própria identidade mostra a subtileza pedagógica do Mestre. Ele quer conduzir os discípulos até uma verdade distante das opiniões humanas que equiparam Jesus de Nazaré a um dos grandes homens do judaísmo.
Pedro, em consonância com o seu feitio impulsivo, responde rapidamente: «Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo» (Mt 16,16). Simão não fala de Jesus como de um grande homem; dizer isso seria pouco, seria faltar à verdade. Está a afirmar a condição divina do Homem que ele segue. E Jesus confirma, ao mesmo tempo que lhe faz ver que esta resposta vai além da sua capacidade humana: vem de cima! Também a nós, como discípulos, nos chega a mesma pergunta: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mt 16,15).
O Papa Leão Magno dizia que a profissão de fé de Pedro era a rocha sobre a qual repousava a Igreja. Também nós, sem o auxílio do alto nunca poderíamos ser discípulos de Cristo. Certamente, Jesus é um homem admirável, um guia espiritual, uma voz profética… mas para chegar a ser seu discípulo é necessário “crer” n’Ele. Só assim se chega a ser discípulo, partindo da fé.
Com Pedro confessamos a nossa fé em Jesus porque, como diz o Papa Francisco, Ele «ama-te, deu a sua vida para te salvar, e agora está vivo a teu lado cada dia, para te iluminar, para te fortalecer, para te libertar».
Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE
Fonte: CNBB