6ª feira da 20ª Semana do Tempo Comum
1ª Leitura – Rt 1,1.3-6.14b-16.22
Noemi acompanhada de sua nora Rute,
a moabita, regressou a Belém.
Início do Livro de Rute 1,1.3-6.14b-16.22
1 No tempo em que os juízes governavam,
houve uma fome no país e um homem de Belém de Judá
foi morar nos campos de Moab
com sua mulher e seus dois filhos.
3 Entretanto, morreu Elimelec, marido de Noemi,
e esta ficou sozinha com seus dois filhos.
4 Eles casaram-se com mulheres moabitas,
uma das quais se chamava Orfa, a outra, Rute.
E ali permaneceram uns dez anos.
5 Depois morreram também os dois, Maalon e Quelion
e a mulher ficou só, sem os dois filhos e sem o marido.
6 Então ela se dispôs a voltar do campo de Moab
para a sua pátria com as duas noras,
porque tinha ouvido dizer
que o Senhor havia olhado para o seu povo,
e lhe tinha dado alimentos.
14b Orfa beijou sua sogra e partiu.
Rute, porém, ficou com Noemi.
15 Esta disse-lhe:
‘Olha, tua cunhada voltou para o seu povo
e para os seus deuses. Vai com ela’.
16 Mas Rute respondeu:
‘Não insistas comigo para que te deixe
e me afaste de ti.
Porque para onde fores irei contigo,
onde pousares, lá pousarei eu também.
Teu povo será o meu povo,
e o teu Deus será o meu Deus’.
22 Assim Noemi voltou dos campos de Moab,
acompanhada de sua nora Rute, a moabita.
Regressaram a Belém, quando começava a colheita da cevada.
Palavra do Senhor.
Salmo – Sl 145,5-6. 7. 8-9a. 9bc-10 (R. 2a)
R. Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
5 É feliz todo homem que busca +
seu auxílio no Deus de Jacó, *
e que põe no Senhor a esperança.
6 O Senhor fez o céu e a terra, *
fez o mar e o que neles existe. R.
7 O Senhor faz justiça aos que são oprimidos;
ele dá alimento aos famintos,*
é o Senhor quem liberta os cativos. R.
8 O Senhor abre os olhos aos cegos*
o Senhor faz erguer-se o caído;
o Senhor ama aquele que é justo*
9a É o Senhor quem protege o estrangeiro. R.
9b Ele ampara a viúva e o órfão*
9c mas confunde os caminhos dos maus.
10 O Senhor reinará para sempre!
Ó Sião, o teu Deus reinará*
para sempre e por todos os séculos! R.
Evangelho – Mt 22,34-40
Amarás o Senhor teu Deus, e ao
teu próximo como a ti mesmo.
+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 22,34-40
Naquele tempo:
34 Os fariseus ouviram dizer que Jesus
tinha feito calar os saduceus.
Então eles se reuniram em grupo,
35 e um deles perguntou a Jesus, para experimentá-lo:
36 ‘Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?’
37 Jesus respondeu: ‘`Amarás o Senhor teu Deus
de todo o teu coração, de toda a tua alma,
e de todo o teu entendimento!’
38 Esse é o maior e o primeiro mandamento.
39 O segundo é semelhante a esse:
`Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’.
40 Toda a Lei e os profetas
dependem desses dois mandamentos.
Palavra da Salvação
Reflexão – Mt 22, 34-40
Hoje, o Mestre da Lei pergunta a Jesus: «Qual é o mandamento mais importante da Lei?» (Mt 22,36), o mais importante, o primeiro. A resposta, porém, fala do primeiro mandamento e do segundo, que lhe «é semelhante» (Mt 22,39). Dois elos inseparáveis, que são uma coisa só. Inseparáveis, mas uma primeira e outra segunda, uma de ouro, outra de prata. O Senhor nos leva ao âmago da catequese cristã, porque «toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos» (Mt 22,40).
Eis aqui a razão de ser do comentário clássico sobre as duas madeiras da Cruz do Senhor: a que está fincada na terra é a verticalidade, que olha na direção do Céu, a Deus. O transverso representa a horizontalidade, a relação com nossos iguais. Também nesta imagem há um primeiro e um segundo. A horizontalidade estaria em nível da terra, se antes não possuíssemos uma haste na vertical e, quando mais queremos elevar o nível dos nossos serviços aos nossos semelhantes —a horizontalidade— mais elevado deve ser nosso amor a Deus. Do contrário, virá facilmente o desânimo, a inconstância, a exigência de compensações quaisquer que elas sejam. Disse S. João da Cruz: «Quanto mais ama uma alma, mais perfeita é naquilo que ama; daqui que essa alma, que já é perfeita, toda ela é amor e, todas suas ações são amor».
De fato, nos santos que conhecemos vemos como o amor a Deus, que sabem manifestar-lhe de muitas maneiras, lhes outorga uma grande iniciativa no momento de ajudar o próximo. Peçamos hoje à Virgem Santíssima que nos encha de desejo de surpreender ao Nosso Senhor com obras e palavras de afeto. Assim nosso coração será capaz de descobrir como surpreender com algum detalhe simpático aos que vivem e trabalham ao nosso lado e, não somente fazer isso nos dias assinalados, que isso todos sabem como agir. Surpreender!: Forma prática de pensar menos em nós mesmos.
Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE
Fonte: CNBB