Liturgia diária › 21/12/2017

5ª feira da 3ª Semana do Advento

1ª Leitura – Ct 2,8-14

Eis o meu amado que vem saltando pelos montes.

Leitura do Cântico dos Cânticos 2,8-14

8 É a voz do meu amado!
Eis que ele vem
saltando pelos montes,
pulando sobre as colinas.
9 O meu amado parece uma gazela,
ou um cervo ainda novo.
Eis que ele está de pé atrás de nossa parede,
espiando pelas janelas,
observando através das grades.
10 O meu amado me fala dizendo:
‘Levanta-te, minha amada,
minha rola, formosa minha, e vem!
11 O inverno já passou,
as chuvas pararam e já se foram.
12 No campo aparecem as flores,
chegou o tempo das canções,
a rola já faz ouvir
seu canto em nossa terra.
13 Da figueira brotam os primeiros frutos,
soltam perfume as vinhas em flor.
Levanta-te, minha amada,
formosa minha, e vem!
14 Minha rola, que moras nas fendas da rocha,
no esconderijo escarpado,
mostra-me teu rosto,
deixa-me ouvir tua voz!
Pois a tua voz é tão doce,
e gracioso o teu semblante’.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 32 (33), 2-3. 11-12. 20-21 (R. 1a.3a)

R. Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
Cantai para o Senhor um canto novo!

2 Dai graças ao Senhor ao som da harpa, *
na lira de dez cordas celebrai-o!
3 Cantai para o Senhor um canto novo, *
com arte sustentai a louvação! R.

11 Mas os desígnios do Senhor são para sempre, +
e os pensamentos que ele traz no coração, *
de geração em geração, vão perdurar.
12 Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, *
e a nação que escolheu por sua herança! R.

20 No Senhor nós esperamos confiantes, *
porque ele é nosso auxílio e proteção!
21 Por isso o nosso coração se alegra nele, *
seu santo nome é nossa única esperança. R.

Evangelho – Lc 1,39-45

Como posso merecer que a mãe do
meu Senhor me venha visitar?

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 1,39-45

39 Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa,
dirigindo-se, apressadamente, a uma cidade da Judéia.
40 Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel.
41 Quando Isabel ouviu a saudação de Maria,
a criança pulou no seu ventre
e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.
42 Com um grande grito, exclamou:
‘Bendita és tu entre as mulheres
e bendito é o fruto do teu ventre!’
43 Como posso merecer
que a mãe do meu Senhor me venha visitar?
44 Logo que a tua saudação chegou aos meus ouvidos,
a criança pulou de alegria no meu ventre.
45 Bem-aventurada aquela que acreditou,
porque será cumprido, o que o Senhor lhe prometeu.’
Palavra da Salvação.

Reflexão – Lc 1, 39-45

Hoje, o texto do Evangelho corresponde ao segundo mistério gozoso: a «Visitação de Maria à sua prima Isabel». É realmente um mistério! Uma explosão silenciosa de um júbilo profundo, como a história nunca nos tinha narrado! É a alegria de Maria, que acaba de conceber por obra e graça do Espírito Santo. A palavra latina “gaudium” exprime um júbilo profundo, intimo, que não explode para fora. Apesar disso, as montanhas de Judá cobriram-se de gozo. Maria exultava como uma mãe que acaba de saber que espera um filho. E que Filho! Um Filho que, já antes de nascer, peregrinava por caminhos pedregosos que conduziam até Ain Karen, aconchegado no coração e nos braços de Maria.

Alegria na alma e no rosto de Isabel, e no menino que salta de regozijo nas suas entranhas. As palavras da prima de Maria hão de atravessar os tempos: «Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!» (cf. Lc 1,42). A recitação do rosário como fonte de alegria, é uma das novas perspectivas descobertas por João Paulo II na sua Carta apostólica sobre O Rosário da Virgem Maria.

A alegria é inseparável da fé. «Como mereço que a mãe do meu Senhor me venha visitar?» (Lc 1,43). A alegria de Deus e de Maria difundiu-se por todo o mundo. Para a receber, basta abrir-se pela fé à ação permanente de Deus na nossa vida, e fazer caminho com o Menino, com Aquela que acreditou, e pela mão enamorada e forte de São José. Pelos caminhos da terra, pelo asfalto ou pelos paralelepípedos ou por terrenos lamacentos, um cristão leva sempre consigo duas dimensões da fé: a união com Deus e o serviço aos outros. Tudo bem unido: com uma unidade de vida que impeça uma solução de continuidade entre uma coisa e outra.

Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE

Fonte: CNBB