Liturgia diária › 12/09/2017

3ª feira da 23ª Semana do Tempo Comum

1ª Leitura – Cl 2,6-15

Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo,
e a todos nós perdoou os pecados.

Leitura da Carta de São Paulo aos Colossenses 2,6-15

Irmãos:
6 Assim como aceitastes a Cristo Jesus como Senhor,
assim continuai a guiar-vos por ele:
7 enraizados nele e edificados sobre ele,
apoiados na fé que vos foi ensinada,
dando-lhe muitas ações de graças.
8 Estai alerta, para que ninguém vos enrede
com sua filosofia e com doutrina falsa,
baseando-se em tradição humana
e remontando às forças elementares do mundo,
sem se fundamentar em Cristo.
9 Pois nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade.
10 Dele também vós estais repletos,
pois ele é a Cabeça de todas as forças e de todos os poderes.
11 Nele, vós também recebestes uma circuncisão,
não feita por mão humana,
mas uma circuncisão que é de Cristo,
pela qual renunciais ao corpo perecível.
12 Com Cristo fostes sepultados no batismo;
com ele também fostes ressuscitados
por meio da fé no poder de Deus,
que ressuscitou a Cristo dentre os mortos.
13 Ora, vós estáveis mortos por causa dos vossos pecados,
e vossos corpos não tinham recebido a circuncisão,
até que Deus vos trouxe para a vida, junto com Cristo,
e a todos nós perdoou os pecados.
14 Existia contra nós uma conta a ser paga,
mas ele a cancelou, apesar das obrigações legais,
e a eliminou, pregando-a na cruz;
15 Ele despojou as autoridades e os poderes sobre-humanos
e os expôs publicamente em espetáculo,
levando-os em cortejo triunfal.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 144 (145),1-2.8-9. 10-11 (R. 9a)

R. O Senhor é muito bom para com todos.

1 Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, *
e bendizer o vosso nome pelos séculos.
2 Todos os dias haverei de bendizer-vos, *
hei de louvar o vosso nome para sempre. R.

8 Misericórdia e piedade é o Senhor, *
ele é amor, é paciência, é compaixão.
9 O Senhor é muito bom para com todos, *
sua ternura abraça toda criatura. R.

10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *
e saibam proclamar vosso poder! R.

Evangelho – Lc 6,12-19

Passou a noite toda em oração.
Escolheu doze dentre os discípulos,
aos quais deu o nome de apóstolos.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Lucas 6,12-19 12

Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar.
E passou a noite toda em oração a Deus.
13 Ao amanhecer, chamou seus discípulos
e escolheu doze dentre eles,
aos quais deu o nome de apóstolos:
14 Simão, a quem impôs o nome de Pedro, e seu irmão André;
Tiago e João;
Filipe e Bartolomeu;
15 Mateus e Tomé;
Tiago, filho de Alfeu, e Simão, chamado Zelota;
16 Judas, filho de Tiago,
e Judas Iscariotes, aquele que se tornou traidor.
17 Jesus desceu da montanha com eles
e parou num lugar plano.
Ali estavam muitos dos seus discípulos
e grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém,
do litoral de Tiro e Sidônia.
18 Vieram para ouvir Jesus
e serem curados de suas doenças.
E aqueles que estavam atormentados por espíritos maus
também foram curados.
19 A multidão toda procurava tocar em Jesus,
porque uma força saía dele, e curava a todos.
Palavra da Salvação.

Reflexão – Lc 6, 12-19

Hoje gostaria de centrar a nossa reflexão nas primeiras palavras deste Evangelho: «Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus» (Lc 6,12). Introduções como esta podem passar despercebidas na nossa leitura quotidiana do Evangelho mas, —de fato— são da máxima importância. Concretamente, hoje nos dizem que a eleição dos doze apóstolos —decisão central para a vida futura da Igreja— foi precedida por toda uma noite de oração de Jesus, sozinho, perante Deus, seu Pai.

Como era essa oração do Senhor? Do que se infere da sua vida, deveria ser uma prece cheia de confiança no Pai, de total abandono à sua vontade —«não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade do que me enviou» (Jo 5,30)—, de manifesta união à sua obra de salvação. Apenas desde esta profunda, longa e constante oração, sempre sustentada pela ação do Espírito Santo que, já presente no momento da sua Encarnação, tinha descido sobre Jesus no seu Batismo; apenas assim, dizíamos, o Senhor podia obter a força e a luz necessárias para continuar a sua missão de obediência ao Pai para cumprir a sua obra vicária de salvação dos homens. A eleição subseqüente dos Apóstolos, que como nos recorda São Cirilo de Alexandria, «O próprio Cristo afirma ter-lhes dado a mesma missão que recebera do Pai», mostra-nos como a Igreja nascente foi fruto desta oração de Jesus ao Pai no Espírito e que, portanto, é obra da Santíssima Trindade. «Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos» (Lc 6,13).

Oxalá toda a nossa vida de cristãos de — discípulos de Cristo— esteja sempre submersa na oração e continuada por ela.

Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE

Fonte: CNBB