Responsório (Sl 143)
R. Bendito seja o Senhor, meu rochedo!
— Bendito seja o Senhor, meu rochedo, que adestrou minhas mãos para a luta, e os meus dedos treinou para a guerra!
— Ele é meu amor, meu refúgio, libertador, fortaleza e abrigo; É meu escudo: é nele que espero, ele submete as nações a meus pés.
— Um canto novo, meu Deus, vou cantar-vos, nas dez cordas da harpa louvar-vos, a vós que dais a vitória aos reis e salvais vosso servo Davi.
Evangelho (Mc 3,1-6)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Marcos.
Naquele tempo, 1Jesus entrou de novo na sinagoga. Havia ali um homem com a mão seca. 2Alguns o observavam para ver se haveria de curar em dia de sábado, para poderem acusá-lo. 3Jesus disse ao homem da mão seca: “Levanta-te e fica aqui no meio!” 4E perguntou-lhes: “É permitido no sábado fazer o bem ou fazer o mal? Salvar uma vida ou deixá-la morrer?” Mas eles nada disseram. 5Jesus, então, olhou ao seu redor, cheio de ira e tristeza, porque eram duros de coração; e disse ao homem: “Estende a mão”. Ele a estendeu e a mão ficou curada. 6Ao saírem, os fariseus com os partidários de Herodes, imediatamente tramaram, contra Jesus, a maneira como haveriam de matá-lo.
— Palavra da Salvação.
Reflexão (Mc 3,1-6)
Hoje, celebramos – com emoção – a memória de Sto. Antão, abade. É um dos Padres da Igreja mais populares. Nascido no Egito, viveu entre os séculos III e IV. Foi um dos primeiros monges do cristianismo e pioneiro entre os eremitas: depois de dar os seus bens aos pobres, retirou-se para o deserto para levar uma vida de oração e penitência.
«Vem e segue-me» (Mt 19,21). Sim, “emocionamo-nos” porque, recordando a vida exemplar de Sto. Antão, vemos que a Igreja teve o “método” muito claro desde a sua origem: oração, oração, oração. Podem mudar os tempos e as circunstâncias, podem mudar as necessidades pastorais ou até as discussões doutrinais…, mas o que nunca mudará é o caminho para seguir Jesus: oração, oração, oração. A Jesus Cristo segue-se rezando! A Deus conhece-se e alcança-se orando!
E este “método” é comum a todos. Os monges eremitas, como é o caso de Sto. Antão abade, dão-nos um testemunho radical que deve ser luz para os outros. Não se trata de uma atitude exagerada, mas de uma opção radical, como radical – firme, decidido, intocável – é qualquer amor autêntico.
«Vende teus bens…». Para percorrer o caminho da oração é preciso andar leve de equipamento. Se alguém vai excessivamente carregado de coisas, não fala nem com Deus nem com ninguém: vai na sua! Aprendamos de Cristo: o Filho do homem, para não ter, não teve um lugar confortável nem para nascer, nem para reclinar a cabeça durante o seu ministério público, nem para morrer.
«Dá-o aos pobres». Sto. Antão abade não se “refugiou” no deserto para se “defender” das pessoas, mas para se dar a Deus e, em Deus, se entregar aos homens. Precisamente ali onde estava acorreram muitos para compartilhar o seu caminho ou para receber o seu conforto e orientação. «A oração que agrada a Deus é aquela que passa do encontro pessoal com Ele a uma vida consagrada ao serviço dos outros» (Papa Francisco).
Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE
Fonte: Canção Nova