Liturgia diária › 04/12/2017

2ª feira da 1ª Semana do Advento

S. João Damasceno PresbDr, MFac.

1ª Leitura – Is 4,2-6

Haverá grande alegria para os sobreviventes de Israel.

Leitura do Livro do Profeta Isaías 4,2-6

2 Naquele dia, o povo do Senhor terá esplendor e glória,
e o fruto da terra será de grande alegria
para os sobreviventes de Israel.
3 Então, os que forem deixados em Sião,
os sobreviventes de Jerusalém, serão chamados santos,
a saber, todos os destinados à vida em Jerusalém.
4 Quando o Senhor tiver lavado as imundícies das filhas de Sião,
e limpado as manchas de sangue dentro de Jerusalém,
com espírito de justiça e de purificação,
5 ele criará em todo lugar do monte Sião
e em suas assembléias
uma nuvem durante o dia,
e fumaça e clarão de chamas durante a noite:
e será proteção para toda a sua glória,
6 uma tenda para dar sombra contra o calor do dia,
abrigo e refúgio contra a ventania e a chuva.
Palavra do Senhor.

Salmo – Sl 121 (122), 1-2. 3-4a. (4b-5. 6-7) 8-9 (R. 1)

R. Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa Senhor!

1 Que alegria, quando ouvi que me disseram:*
‘Vamos à casa do Senhor!’
2 E agora nossos pés já se detêm,*
Jerusalém, em tuas portas. R.

3 Jerusalém,cidade bem edificada *
num conjunto harmonioso;
4a para lá sobem as tribos de Israel,*
as tribos do Senhor. R.

4b Para louvar, segundo a lei de Israel,*
o nome do Senhor.
5 A sede da justiça lá está *
e o trono de Davi. R.

6 Rogai que viva em paz Jerusalém,*
e em segurança os que te amam!
7 Que a paz habite dentro de teus muros,*
tranqüilidade em teus palácios! R.

8 Por amor a meus irmãos e meus amigos,*
peço: ‘A paz esteja em ti!’
9 Pelo amor que tenho à casa do Senhor,*
eu te desejo todo bem! R.

Evangelho – Mt 8,5-11

Muitos virão do Oriente e do Ocidente para o Reino do Céu.

+ Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo São Mateus 8,5-11

Naquele tempo:
5 Quando Jesus entrou em Cafarnaum,
um oficial romano aproximou-se dele, suplicando:
6 ‘Senhor, o meu empregado está de cama, lá em casa,
sofrendo terrivelmente com uma paralisia.’
7 Jesus respondeu: ‘Vou curá-lo.’
8 O oficial disse: ‘Senhor,
eu não sou digno de que entres em minha casa.
Dize uma só palavra e o meu empregado ficará curado.
9 Pois eu também sou subordinado
e tenho soldados debaixo de minhas ordens.
E digo a um : ‘Vai!’, e ele vai;
e a outro: ‘Vem!’, e ele vem;
e digo ao meu escravo: ‘Faze isto!’, e ele faz.’
10 Quando ouviu isso, Jesus ficou admirado,
e disse aos que o seguiam:
‘Em verdade, vos digo:
nunca encontrei em Israel alguém que tivesse tanta fé.
11 Eu vos digo:
muitos virão do Oriente e do Ocidente,
e se sentarão à mesa no Reino dos Céus,
junto com Abraão, Isaac e Jacó.
Palavra da Salvação

Reflexão – Mt 8, 5-11

Hoje, Cafarnaum é a nossa cidade e a nossa aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas, frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza a vida atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não podem seguir esse ritmo. Porém, Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40). O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fieis, encontra-se na agonia de Getsemani até ao final dos tempos».

O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo, e ao mesmo tempo, também do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.

Só nos podemos aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio mas em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança de Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.

Colaboração: Padre Adriano Francisco da Silva, IVE

Fonte: CNBB