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“Alegra-te, cheia de graça! O Senhor está contigo” (Lucas 1, 28).
As definições das palavras “discípula” e “missionária” possuem significados que assumem proporções extremamente abrangentes no âmbito da espiritualidade, sobretudo a cristã. Assim, a noção exata de “discípula” é aquela que recebeu um ensinamento, segue e defende fielmente a doutrina que aprendeu, e a designação de “missionária” quer dizer aquela que faz pregações, propaga os preceitos e dogmas da fé.
Uma vez compreendido os conceitos dos termos “discípula” e “missionária” encontramos na vida de Maria – a Mãe de Jesus – a vivência perfeita da seguidora perseverante da doutrina cristã e a propagadora por excelência das lições eternizadas pelo seu Filho, o Divino Salvador. No entanto, não basta conhecermos as expressões mencionadas, pois é indispensável nos apropriarmos do exemplo singular de Nossa Senhora, que jamais se intimidou diante da missão a ela reservada por Deus.
Dessa maneira, devemos buscar no Evangelho as referências para também vivermos as mesmas experiências de Maria, discípula e missionária do Cristo, que ainda jovem e pequena não se apequenou frente ao anúncio do Anjo Gabriel, que disse a ela: “Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lucas 1, 31). Então, o enviado de Deus ouviu a resposta corajosa de Maria: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a tua palavra” (Lucas 1, 38). Tal atitude marca o desígnio confiado a Virgem de Nazaré para ser a precursora do discipulado no seguimento de Jesus Cristo.
– Com o que Maria nos ensinou, qual é o aprendizado que posso tirar para a minha vida cristã?
A missão impõe sacrifícios que só o amor incondicional é capaz de proporcionar. Neste aspecto, Maria deu notável testemunho quando foi auxiliar sua prima Isabel que estava grávida, cabendo a jovem e aparentemente frágil Maria, a renúncia de deixar o conforto da sua casa em Nazaré, visto que decidiu e: “… partiu apressadamente a uma cidade de Judá. Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo” (Lucas 1, 39-41). E ainda: “Maria ficou três meses com Isabel. Depois, voltou para sua casa” (Lucas 1, 56). Desse modo, Maria realizou com total solicitude a sublime tarefa de missionária, que é servir.
– Vendo o gesto exemplar de Maria, qual seria a minha conduta se um parente ou amigo precisasse do meu auxílio? Faria como Maria, que abdicou da tranquilidade do seu lar e viajaria para ajudar quem padece?
A condição de ser discípula também exige um comportamento decidido e comprometido na propagação da doutrina do seu Senhor. O Magnificat revela com plena exatidão o verdadeiro sentido do discipulado, como fez Maria ao difundir para toda a humanidade e por todos os tempos o plano de Deus, assim declarado: “Maria então disse: “A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo, e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração. Derrubou os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Encheu de bens os famintos, e mandou embora os ricos de mãos vazias. Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia, conforme prometera a nossos pais, em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre” (Lucas 1, 46-55). Dessa forma, Maria cumpre com radicalidade voluntária e na plenitude o propósito a ela destinado por Deus.
– Considero o Magnificat uma bela oração e me sensibilizo com suas palavras?
– Mas, anuncio e pratico a misericórdia de Deus?
– E, disperso os que tem planos orgulhosos no coração ou me omito?
– Tenho o hábito de exaltar os humildes, trabalhando em benefício de todos?
– Enfim, o que faço pelos famintos?
Aproveitemos então, a oportunidade desta reflexão para fortalecermos a nossa disposição em imitarmos o modelo de discípula e missionária, que é Maria, a Mãe de Jesus e a Protetora de nossas vidas.
Oh! Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós!
João Marcos Andrietta
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