-
Confira os horários das Celebrações de Quarta-feira de Cinzas -
Padre Luís Ricardo da Silva Gracio é ordenado presbítero -
Quaresma, tempo de jejum e penitência -
Festa de N. S. Candelária se encerra amanhã (2) com missas e procissão motorizada -
Qual o sentido da Quarta-feira de Cinzas? -
O que a Igreja orienta sobre o jejum e abstinência de carne? -
Papa institui o Dia Mundial dos Avós e dos Idosos -
Papa: a Bíblia não foi escrita para uma humanidade genérica, mas para nós -
Papa: louvar é como respirar oxigênio puro -
Ano “Família Amoris Laetitia” terá propostas para acompanhar e apoiar as famílias -
No Ano de São José, o dom das Indulgências -
Papa convoca o “Ano de São José” -
Dom Vicente anuncia ordenações e transferências de presbíteros -
Confira os dias e locais de Confissões em preparação para o Natal -
Itu realiza carreata em defesa da vida no dia 13 de dezembro -
7 meios espirituais para aproveitar ao máximo o Advento -
Quando devo montar a árvore de Natal? -
Papa aos jovens: tornamo-nos aquilo que escolhemos, tanto no bem quanto no mal -
Fomos criados no tempo para sermos eternos -
Papa: voltem à Missa, a Eucaristia é real, não virtual
Caros amigos, hoje iniciamos uma série de textos. Serão pequenos comentários de alguns clássicos da espiritualidade cristã. Iniciamos com o livro cristão mais lido ao longo dos séculos depois da Bíblia, A Imitação de Cristo, de Tomás Kempis: “A Imitação de Cristo é a obra que traduz duradouramente a mais frutuosa expressão da alma da Idade Média, alicerçando também todas as formas de vida consagrada desenvolvidas no Renascimento” (Johan Huizinga. O declínio da Idade Média, p. 233).
O autor, Tomas Kempis (ou Kemphis), foi um monge e escritor alemão nascido em 1380, em Kempen, na Renânia do Norte e que faleceu a 24 de julho de 1471, no Mosteiro de Santa Inês. Ordenado sacerdote em 1431 foi escolhido como vice-prior de seu mosteiro e confiado como mestre de noviços. Era um homem tranquilo e místico, consagrou a sua vida ao apostolado, à oração e a composição e cópias de livros espirituais: “era calado, introvertido, cheio de ternura pelo milagre da Missa” (Idem, 234).
Na época de Kempis havia um movimento denominado devotio moderna, que tinha como objetivo contrapor a devotio antiqua, que era praticada por um clero decadente, o qual não colocava mais o próprio coração nas celebrações litúrgicas e nas práticas devocionais, e que buscava o crescimento espiritual apenas pelo muito saber.
Já a devotio moderna, que teve seu início no século XIV nos Países Baixos, buscava a purificação da alma, a simplicidade espiritual, o abandono à vontade de Deus, a vivência da Missa e a exaltação das virtudes. Fizeram parte desse movimento: Greet Groote, talvez seu fundador, Santa Catarina de Sena, Tomás de Jesus, Marsilio de Pádua, entre tantos.
A obra divide-se em quatro partes chamadas livros, subdivididos em pequenos capítulos: o primeiro, traz conselhos úteis para a vida espiritual; o segundo, traz exortação à vida interior; o terceiro, trata da consolação interior; e o quarto, do Sacramento da Eucaristia. Como são independentes entre si, ou seja, cada um possui começo, meio e fim, costumou-se lê-lo de modo autônomo (Ainda hoje, em muitas casas religiosas trechos são lidos aleatoriamente durante as refeições comunitárias).
Em suas páginas encontra-se um traço cristocêntrico que busca uma pedagogia que privilegia a conversão, a piedade pessoal e uma ruptura com o mundo: “Quem quiser compreender e saborear plenamente as palavras de Cristo é lhe preciso que procure conformar à dele toda a sua vida” (Livro 1,1,2).
O Papa São João XXIII dizia que o livro era uma máquina de santos, e isso o comprova o enorme número de santos e santas que exortavam sua leitura cotidiana: Santo Inácio de Loyola, São Thomas More, São Roberto Belarmino, São João Bosco, São Pio X, São Pio de Pietrelcina e Santa Teresinha, que o sabia de cor.
A Imitação de Cristo é um livro para aqueles que querem buscar de fato uma intimidade com o Senhor. Vale a pena não só lê-lo, como deixa-lo sempre à mão. Termino com uma citação que talvez resuma o espírito da obra: “Bem-aventurado aquele que compreende o que seja amar a Jesus e desprezar-se a si por amor de Jesus. Por esse amor deves deixar qualquer outro, pois Jesus quer ser amado acima de tudo. O amor da criatura é enganoso e inconstante; o amor de Jesus é fiel e inabalável. Apegado à criatura, cairás com ela, que é instável; abraçado com Jesus, estarás firme para sempre” (Livro 2,7,1).
Pe. Enéas de Camargo Bête
-
Guia para uma boa confissão -
6 práticas concretas para viver a Quaresma -
Confira 6 dicas para participar bem da Santa Missa -
Um novo ano começou e quais são seus planos, sonhos e metas? -
Dicas para formar a espiritualidade na família -
O que é exatamente a missa e por que preciso ir a ela todo domingo? -
Um guia para ajudar seu filho a descobrir sua vida espiritual -
Boas maneiras que você deve adotar na Missa -
Preciso me confessar antes de voltar à Missa? -
O que é essencial nesta vida? -
Da Regra de São Bento para todo cristão: os instrumentos das boas obras -
Como amar mais e melhor -
Qual a origem da festa de Corpus Christi? -
Os 12 frutos do Espírito Santo -
Faça da sua casa uma casa de oração -
10 conselhos para participar da missa transmitida pela TV ou pela Internet -
Por que 40 dias de Quaresma? -
Como despertar o valor da Santa Missa nas crianças? -
Por que celebramos, na Igreja, a Festa de Cristo Rei? -
Permanecer em Cristo: uma questão de sobrevivência