Virtudes e Valores

5 motivos para você ficar na Igreja até o fim da Missa

Aleteia › 20/10/2017

Com certeza alguém vai ver você saindo de fininho depois da Comunhão

Muitos de nós provavelmente já fizemos isso pelo menos uma ou duas vezes. Depois de receber a comunhão, vamos direto para a porta, de cabeça baixa, porque nós temos algo importante para fazer.

A gente espera que o padre e nossos amigos não percebam. Talvez eles realmente não vejam. Mas alguém vai notar a sua saída.

Como uma irmã religiosa que se mudou bastante de lugar, fico surpresa com os costumes diferentes nas várias paróquias do país. Eu sou de Oklahoma e raramente vejo pessoas saindo da Missa antes do fim. Eu morava na Califórnia, e, na paróquia que eu frequentava, as pessoas chegavam atrasadas e, às vezes, saíam mais cedo. Estou agora no nordeste, e fiquei surpresa com a quantidade de pessoas que saem da Missa antes que o padre dê a Bênção Final. É um fenômeno interessante. Mas, quando metade dos paroquianos desaparece do estacionamento antes que a música final tenha terminado, isso deixa meu coração um pouco triste.

Às vezes, eu tenho vontade de correr atrás das pessoas que eu vejo saindo rapidamente da fila da comunhão, sacudi-las e dizer a elas: “Você tem Jesus dentro de você! Tire um minuto para falar com ele, para agradecê-lo, para amá-lo!”

Você precisa de alguma outra motivação para ficar um pouco mais na Missa?

Aqui estão algumas razões pelas quais eu permaneço até o fim da celebração (além do fato de ser uma freira e seria escandaloso se eu fugisse logo após a comunhão todos os domingos):

1. A Comunhão é união, compartilhamento: Quando recebemos a comunhão, recebemos o próprio Jesus. Quando comungamos e corremos, é como se visitássemos um amigo e, no momento em que ele se senta e começa a nos dar atenção, pulamos e corremos para fora da porta, gritando: “Foi tão bom passar o tempo com você, te vejo na próxima semana”. A comunhão é a união com o nosso Senhor e Salvador. Temos de realmente aproveitar este momento especial com ele e tirar alguns minutos para ficar com o nosso Senhor.

2. Não é agradável ser grosseiro: antes da Missa no convento, temos meia hora de meditação silenciosa sobre o Evangelho. Às vezes eu chego atrasada. E ando rapidamente com a cabeça para baixo, envergonhada. Recentemente, eu entendi que a minha motivação para chegar na hora não deve ser o fato de evitar o embaraço, mas, sim, o fato de eu estar indo ver Jesus. Por que estamos muitas vezes mais preocupadas com as reações de outras pessoas do que com Jesus? Nós pensamos: eu tenho que funcionar porque eu tenho muita coisa para fazer hoje, fulano está me esperando…Mas por que é difícil para nós sair mais cedo e voltar mais tarde quando é o Criador do Universo que está esperando para nos ver?

3. Missa não é uma atividade dentro da lista de “coisas a fazer”: Muitas vezes, quando vejo pessoas correndo para fora da Missa, parece que elas estão verificando uma atividade em sua lista de coisas a fazer e que querem acabar logo com um dos itens dessa lista. A vida cristã não é uma lista de afazeres. É um convite para estar em relacionamento com Deus. Se vamos à Missa sem um senso de responsabilidade, com certeza podemos estar evitando o pecado mortal, mas a prevenção do pecado mortal não é a única vocação da nossa vida espiritual. Somos chamados a muito mais. Somos chamados ao relacionamento, à santidade, à transformação.

4. A Bênção Final é importante: As bênçãos são preciosas. Quando um sacerdote, que por sua ordenação está configurado para ser um discípulo de Cristo, dá a sua Bênção Final, estamos sendo abençoados pelo próprio Deus. Se Jesus estivesse lá, pronto para nos dar uma bênção antes de deixarmos a Missa e voltarmos para o mundo, você não esperaria por isso?

5. Você pode obter mais graça: De acordo com o Catecismo, “os frutos dos sacramentos (…) dependem da disposição de quem os recebe” (CCC 1128). Há um poder nos sacramentos em si mesmos, mas o quanto desse poder infiltra-se em nossas almas e melhora nossas vidas depende de nossa disposição. Se estamos saindo da igreja depois da comunhão, é provável que não estejamos conscientes de que estamos consumindo o corpo, o sangue, a alma e a divindade do próprio Deus. É coisa pesada. E merece uma disposição de grande respeito, ainda que seja porque todos precisamos de toda a graça que podemos obter.

(Irmã Theresa Noble) 

Por Aleteia

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