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A paz é uma “tarefa urgente”, os crentes de todas as religiões “devem invocá-la” e aqueles que têm responsabilidades não podem permanecer “neutros”. Este é, em síntese, o pensamento que o Papa dirigiu na manhã desta quarta-feira (18/10) aos mais de oitenta delegados da World Conference of Religions for Peace (Conferência Mundial de Religiões pela Paz), recebidos em audiência no interior da Sala Paulo VI.
Antes de ingressar na Praça São Pedro, Francisco chamou a atenção para as atuais guerras e violência que “destroem tantas populações” e sobre a essência da paz, ao mesmo tempo “presente divino e conquista humana”: “com o coração, com a mente e com as mãos “todos os crentes, todos os homens de boa vontade e aqueles que têm responsabilidades são “chamados a trabalhar pela paz”, construindo-a “de modo artesanal”. Então, uma indicação mais clara:
“Na construção da paz, as religiões, com seus recursos espirituais e morais, têm um papel especial e insubstituível. As religiões não podem ter uma atitude neutra e muito menos ambígua em relação à paz. Quem comete violência ou a justifica em nome da religião , ofende gravemente Deus, que é paz e fonte da paz, e deixou no ser humano um reflexo de sua sabedoria, poder e beleza”.
O Papa não deixou de exprimir sua “estima e gratidão pelo trabalho de ‘Religiões pela Paz’, chamando-a “um serviço precioso seja à religião, seja à paz, porque, como assinalou Francisco, “as religiões são destinadas pela sua natureza, a promover a paz através da justiça, da fraternidade, do desarmamento, e do cuidado da criação”.
Eis outra tarefa das religiões, que Francisco relança, promover juntos a “ecologia integral”:
“A Bíblia ajuda-nos nisto, trazendo-nos de volta o olhar do Criador, que “viu tudo o que tinha feito, e que era muito bom” (Gn 1:31). As religiões dispõem de recursos para fazer progredir juntos uma aliança moral que promova o respeito da dignidade da pessoa humana e o cuidado da criação”.
Aos delegados da Conferência Mundial de Religiões pela Paz nesse sentido, Francisco recorda os muitos bons exemplos no mundo da força de cooperação inter-religiosa contra conflitos e por um desenvolvimento sustentável, convidando todos a “continuarem neste caminho confiando em Deus e na boa vontade humana”.
Por Rádio Vaticano
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